terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Você já foi crente?

NÃO! não é um tópico de religião. Acontece que escuto esse termo desde o primário escolar. Naquela época, era aquele que só tirava nota máxima. "Fulano é mó crente". Por força da galerinha a palavra ganhou força e esse era o termo. (Hoje, mesmo com a ajuda do dicionário Michaelis, não sei o que realmente queriam dizer. Depois dessa fase, crente passou a ser sinônimo de pessoas que não podem ver Tv ou cortar o cabelo).. mas isso já é assunto para outro post. Ok, mudando o termo para Crânio.
Você já foi um aluno Crânio?; CDF?; Nerd?; Nota10? ou simplesmente "O MELHOR ALUNO DA CLASSE"?
Em recordações, no primário, ginásio, colegial e faculdade conheci muitos. E nunca fui um deles. Logo nos primórdios, Eduardo usava sua Poly laranja 0.7 (todos usavam a 0,5) e eu achava que o segredo de ir tão bem era tendo uma lapiseira de grafite 0.7 mm ou falando QUAtorze e não catorze (termo que até hoje utilizo). Enfim, o cara só tirava 10. E ninguém tinha chances.
Anos mais tarde, uma japonesa chamada Melissa. A única a acertar uma questão de Ciências sobre as nuvens. Assim, foi a única a ganhar 10.
Na faculdade, Jacóbson surpreendia todos. Nunca abaixo de 9, era nota alta certa em todas matérias. Falava japonês e inglês fluente, era ex-militar e mesmo com naturalidade chegava a constranger a classe.
E vc? Já foi o crânio da turma?
Eu apenas ia bem em cursos paralelos como inglês e computação. Mas isso não conta. Carambolas, será que isso mudaria algo hoje? Seria almejado, cresceria com uma super auto-estima. Mas não, era aquele cara regular.
No colégio, era até divertido. Esses crânios viviam de certa forma isolados. A maioria que os cercavam era parasitas, diziam ser amigos mas, na realidade, queria nota.
Eram procurados apenas na hora de fazer trabalhos e em provas em duplas ou grupos. O cara mal sabia, mas bastava o professor dizer que iria ter trabalho ou prova que, mesmo sem o fulano saber, ele já estava no grupo de pessoas que ele nunca conversou.
Isso sem contar o fim de ano. Pessoas penduradas e desesperadas por notas que se aproximavam na maior cara de pau para tentar ganhar um parceiro.
De prova.

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