Sua pupila dilatou e, em décimos de segundos, acordou.
Viu que não podia ver.
As estrelas, seus únicos bens, não estavam lá.
A escuridão, como uma folha negra de cartolina, ecoava a noite.
Assustado e suado, tateava. Continuava procurar algum objeto, talvez, familiar.
O frio e o medo enfim deram o primeiro indício que iria sobreviver.
Agora, mais do que nunca ele começava acreditar. Sua segurança, ligeiramente, aumentou.
A terra úmida e o som de estilhaços, bem no seu íntimo - até lhe fizeram bem.
Sua covinha quase apareceu.
Aquele som era Deus, que também chorava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário