Goleiro, arqueiro, guarda-metas. É o atleta mais injustiçado dentro das 4 linhas do gramado.
Pelo
uniforme diferenciado e claro, pela vantagem de pegar a bola com as
mãos, ele acaba sendo sempre o destaque do time seja em foto, pose,
perfilamento dos atletas.
Não sei explicar o porquê, mas sempre fui atento a esse profissional.
Aliás,
nos cameponatos de futebol do clube, época de dente de leite e
categorias mirim, uma vez joguei de goleiro, (time do Palmeiras) e
acreditem, foi minha melhor colocação até hoje (3o Lugar). Acrescento
ainda que quando joguei na linha fiz alguns (belos!) gols pelo Bangu,
Madureira e Vitória entre outros...
Mas talvez Freud explique.
Na
cidade onde moro a fixação por atentar aos guarda metas fez com que João
Brigatti pela Ponte Preta e Sérgio Neri pelo Guarani fosse os mais
visados no ínicio.
Nessa época, Rodolfo Rodrigues era a estrela do
Santos, era o atleta mais loucão que "tinhamos" (ele nao era
brasileiro), mas era o que saia do gol com mais frequência, dava umas
corridas para fora da área, coisas que hoje são mais comuns.
Lembro
de vários atletas que guardo ainda muitas recordações e vários lances
ímpares como quando Gilmar jogava pelo meu time do coração (São Paulo),
Paulo Victor (tinha até uma chuteira que era vendida com sua assinatura
em lojas - e era cara!), Acácio (vasco), Ricardo Pinto (tinha um
uniforme verde limão quando jogou pelo fluminense), Zé Carlos (época de
Zico no Flamengo), João Leite (atlético mineiro) e um dos meus
preferidos, Armelindo Donizette Quagliatto - o Zetti (que mais tarde foi
titular por vários anos pelo São Paulo) aqui jogava no Palmeiras e num
jogo memorável contra o Flamengo, fraturou a perna sendo substituído
pelo atacante Gaúcho que neste jogo pegou 2 pênaltis... e o memorável
Ronaldo que fez história pelo Corínthians. Achava o máximo ele esnobar o
atacante quando vinha de longe alguma bola forte e, sabendo que pela
trajetória iria para fora. Ele ficava imóvel e mesmo antes da bola sair
dava umas intruções aos defensores fazendo total descaso com a bola,
ainda em jogo, voando para as vezes, bem próximo as traves porém fora do
campo. Ele ainda era o goleiro que quando encaixava alguma bola na
barriga, gostava de rolar pelo tapete ganhando tempo.
Na seleção pós
Valdir Peres, tivemos Taffarel que também traz boas recordações, porém,
as seleções estrangeiras tinham verdadeiros nomes que ficarão guardados
eternamente.
Na minha humilde opinião, Walter Zenga (Italia, 90) era
um baita goleiro e não conseguiu mostrar suas proezas, foi substituido
pelo Paggliuca. O mesmo Zenga numa decisão por pênaltis foi desbancado
pelo Goycochea (Argentina) que frente ao nervosismo dos Italianos,
acabou desclassificando-os numa semi final.
Antes disso, ainda,
existia o Dasaev, jogador da ex-CCCP (ou URSS) ex União Soviética que
chegou enfrentar o nosso Brasil em 88 pelas olimpíadas de Seul.
Acho
que a Copa de 90 foi a mais vibrante, a que mais trouxe goleiros
diferenciados e marcantes. Zubizzarreta pela Espanha; Peter Shelton (o
mais velho na época pela Inglaterra, chamado de vovô Shelton) e
Preud´Homme pela Bélgica. Não podendo esquecer posteriormente os
cabeludos Higuita (defesa escorpião) e Tony Meola, americano que saiu do
Futebol Americano para adaptar-se ao nosso futebol, Soccer.
Agora me pergunte, por que você guarda tudo isso?
Vai saber...