domingo, 30 de dezembro de 2012

Tomar um Frango

Goleiro, arqueiro, guarda-metas. É o atleta mais injustiçado dentro das 4 linhas do gramado.
Pelo uniforme diferenciado e claro, pela vantagem de pegar a bola com as mãos, ele acaba sendo sempre o destaque do time seja em foto, pose, perfilamento dos atletas.
Não sei explicar o porquê, mas sempre fui atento a esse profissional.
Aliás, nos cameponatos de futebol do clube, época de dente de leite e categorias mirim, uma vez joguei de goleiro, (time do Palmeiras) e acreditem, foi minha melhor colocação até hoje (3o Lugar). Acrescento ainda que quando joguei na linha fiz alguns (belos!) gols pelo Bangu, Madureira e Vitória entre outros...
Mas talvez Freud explique.
Na cidade onde moro a fixação por atentar aos guarda metas fez com que João Brigatti pela Ponte Preta e Sérgio Neri pelo Guarani fosse os mais visados no ínicio.
Nessa época, Rodolfo Rodrigues era a estrela do Santos, era o atleta mais loucão que "tinhamos" (ele nao era brasileiro), mas era o que saia do gol com mais frequência, dava umas corridas para fora da área, coisas que hoje são mais comuns.
Lembro de vários atletas que guardo ainda muitas recordações e vários lances ímpares como quando Gilmar jogava pelo meu time do coração (São Paulo), Paulo Victor (tinha até uma chuteira que era vendida com sua assinatura em lojas - e era cara!), Acácio (vasco), Ricardo Pinto (tinha um uniforme verde limão quando jogou pelo fluminense), Zé Carlos (época de Zico no Flamengo), João Leite (atlético mineiro) e um dos meus preferidos, Armelindo Donizette Quagliatto - o Zetti (que mais tarde foi titular por vários anos pelo São Paulo) aqui jogava no Palmeiras e num jogo memorável contra o Flamengo, fraturou a perna sendo substituído pelo atacante Gaúcho que neste jogo pegou 2 pênaltis... e o memorável Ronaldo que fez história pelo Corínthians. Achava o máximo ele esnobar o atacante quando vinha de longe alguma bola forte e, sabendo que pela trajetória iria para fora. Ele ficava imóvel e mesmo antes da bola sair dava umas intruções aos defensores fazendo total descaso com a bola, ainda em jogo, voando para as vezes, bem próximo as traves porém fora do campo. Ele ainda era o goleiro que quando encaixava alguma bola na barriga, gostava de rolar pelo tapete ganhando tempo.
Na seleção pós Valdir Peres, tivemos Taffarel que também traz boas recordações, porém, as seleções estrangeiras tinham verdadeiros nomes que ficarão guardados eternamente.
Na minha humilde opinião, Walter Zenga (Italia, 90) era um baita goleiro e não conseguiu mostrar suas proezas, foi substituido pelo Paggliuca. O mesmo Zenga numa decisão por pênaltis foi desbancado pelo Goycochea (Argentina) que frente ao nervosismo dos Italianos, acabou desclassificando-os numa semi final.
Antes disso, ainda, existia o Dasaev, jogador da ex-CCCP (ou URSS) ex União Soviética que chegou enfrentar o nosso Brasil em 88 pelas olimpíadas de Seul.
Acho que a Copa de 90 foi a mais vibrante, a que mais trouxe goleiros diferenciados e marcantes. Zubizzarreta pela Espanha; Peter Shelton (o mais velho na época pela Inglaterra, chamado de vovô Shelton) e Preud´Homme pela Bélgica. Não podendo esquecer posteriormente os cabeludos Higuita (defesa escorpião) e Tony Meola, americano que saiu do Futebol Americano para adaptar-se ao nosso futebol, Soccer.
Agora me pergunte, por que você guarda tudo isso?
Vai saber...