segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Momento Danilo III

Como já postei anteriormente, existe um blog de um rapaz juito engraçado que, quando fica P da vida se transforma. Essa "transformação" é chamada de 'Momento Danilo'.
Aqui vai o terceiro "Momento". Segundo o próprio, aconteceu em fevereiro de 2003.

[O bilhete da discórdia]

Era uma sexta-feira. Estava de saco cheio de trabalhar. Quem mora no Grande ABC e depende do troléibus para transporte sabe como é precário essa merda. Saí do meu serviço por volta das 18h00 e peguei o tal troléibus. Enfiei o bilhete na catraca e foi rejeitado. Enfiei de novo e mais uma vez rejeitado. Então disse ao motorista:
- Olha...o bilhete não está funcionando.
- Então desce.
- Não..eu paguei pelo bilhete o preço que sua empresa pediu. Nem 1 centavo a menos. Senão funciona, o azar é de vocês, daqui não desço.
- Se você descer não saio com o troléibus.
- Porque não? Você por acaso ganha por comissão, senhor?
- Senhor o caramba.
- Então nesse caso, já que você não é senhor vou lhe dizer uma coisa, seu filho de uma puta, chifrudo e corno do caralho, se eu fosse ladrão entrava de graça nessa porra, roubava todo mundo e você ficava com o cú na mão e não falava nada, mas como eu estou voltando cansado de um trabalho de merda você quer bancar o machão comigo e vai tomar no meio do séu cú!
Então começou toda uma série de baixarias, onde tive a oportunidade de expor a um troléibus lotado todo meu repertório de palavrões, e ainda criar mais alguns.
Com o troléibus parado no meio da avenida, o motorista se levantou e ameaçou me agredir, e eu xingava mais ainda, pedindo para ser agredido mesmo, essa coisa toda de briga. Depois de quase uns 5 minutos de baixaria, o motorista, viu que eu não ia descer mesmo e disse para os passageiros:
- Se vocês não expulsarem esse filho da puta daqui, eu não saio com o troléibus. Retruquei:
- Vocês vão ficar do lado dele mesmo? Vocês pegam essa merda lotado todo dia pra ir trabalhar, andam amassado pior que gado sendo transportado, tem salário descontado do holerith por causa dessa bosta que só atrasa e vão dar ouvido pra esse filho da puta? Vão tomar no cú todos vocês!
Aí um cidadão que estava no meio do troléibus veio até mim e me deu um bilhete. Peguei o bilhete, passei na catraca e disse:
- Pronto...agora estou com o bilhete certo...pode andar.
O motorista, sem resposta, sentou no banco, começou a dirigir e resmungar:
- Esse cara foi um idiota de ter dado bilhete pra esse filho da puta.
- Tá falando ainda seu..corno, vai tomar no seu cú....
E por aí foi um bate boca, até que um passageiro muito dos filho da puta disse:
- Motorista, para o troléibus que agora eu vou expulsar esse filho da puta daí.
Eu olhei pra trás e disse:
- Pode vir, eu adoraria ver isso. Eu só quero ir pra casa e nada mais, mas eu juro, se você relar um só dedo em mim você está fudido.
- Opa..não vou relar a mão em ninguém...vou pedir licença.
- Tudo bem..então nesse caso pode passar.
Ele ficou puto e saiu resmungando e sumiu no meio do povo, dentro do troléibus....não o vi mais até então. O motorista vendo que não consegui ser expulso e estava indo pra casa no troléibus dele parou o troléibus novamente no meio da avenida e disse e disse:
- Eu não vou mais andar com você...vou chamar a polícia...
A multidão, que até então estava contra mim, xingou o motorista se voltando contra ele (o povo é volátil, não?). Mas isso não adiantou, o motorista pegou o celular e só ouvi ele dizer:
- Alô...tem um cara falando palavrão aqui no troléibus...sim..eu sei que falar palavrão não é crime...mas tem mulher aqui poxa!
E desligou o celular, saiu do troléibus e ficou na calçada me xingando. Eu nem aí, como se não tivesse acontecendo nada. Foi quando para meu azar, passou uma viatura, e o motorista acenou pra ela. Desceu 4 policiais com a arma na mão, e foi ouvir o motorista que deve ter falado os diabos de mim. Quando a polícia chegou perto do troléibus com as armas na mão, a multidão começou a dizer:
- O rapaz está quieto, o motorista que é maluco.
Aí os policiais guardaram as armas e perguntou quem era o tal portador do "bilhete da discórdia". Eu levantei a mão e eles pediram pra eu descer. Assim que eu desci (pois queria ficar lado a lado com o motorista falando com os policiais) o motorista subiu no troleibus correndo, riu da minha cara e saiu com ele.
Fiquei puto com aquilo, mas me controlei, pois sei que vou pegar o tróleibus de novo com motorista. O policial foi gentil comigo, e perguntando pra onde eu ia, parou o troléibus de trás e mandou o motorista abrir a porta para que eu subisse e seguisse meu caminho, afinal...eu só queria ir pra casa.
Então encontrei uma moça que trabalhava no mesmo shopping que eu:
- Ai...só você mesmo pra subir escoltado por policia no busão.
Contei a ela tudo que havia acontecido...demos risada e ela desceu em seu ponto. Então a história do bilhete da discórdia chegou ao fim certo?
NÃO! ! !
Pois assim que ela desceu eu foi até a porta que é onde gosto de ficar... Ao olhar para o meu lado, adivinha que estava me encarando e eu não tinha percebido? O filho da puta do cidadão que disse que ia me expulsar do outro troléibus e depois não expulsou merda nenhuma. Fiquei puto ao ve-lo me encarando. Cheguei bem do lado dele, e disse:
- Vou falar baixinho, pra você não dizer que sou baixaria: Você quer uma foto minha, é alfaiate e vai me fazer um terno ou é um viado e quer me dar o cú?.
- Foto só se for pro seu caixão.
- Seu salário de peão não cobre a renda e precisa trabalhar no serviço funerário pra compensar?
- Não..é que não gosto de viado mesmo.
- Então o caixão é pra você? vai se matar?
Aí começou a baixaria de novo, não controlava mais minha voz e começamos a gritar.
- Você não tem nem tamanho pra falar comigo
- Mas meu pau é grande..
- Então dobra pra trás e enfiar no toba.
E por aí foi...até que a porta abriu e empurrou ele. Eu comecei a rir na cara dele e disse.
- Ai seu cuzão..até a porta te derruba.
- Mas você não me derruba.
- Seu filho de uma puta...vai tomar no cu..eu só quero ir pra casa..você disse que ia me expulsar do troléibus e to esperando ate agora...você é um puta de um chifrudo...eu vou ficar aqui do seu lado...e juro..se você olhar pra mim de novo eu vou socar a mão na sua cara...
O troléibus andou até meu ponto e eu fui do lado dele. Ele não olhou pra mim. Quando cheguei no meu ponto, desci. Quando estava na calçada, o filho da puta me diz:
- É um cuzão mesmo.
Fiquei puto com tamanha covardia e chamei ele pra descer...mas o troléibus foi embora...
E acabou tudo nisso...mas a qualquer momento pode rolar aqui a segunda parte da história, pois como sempre pego troléibus naquele horário, certamente cruzarei o motorista e o passageiro machão.... e não vejo a hora de fazer isso...pois como nessa meda de país não há lei que defenda um consumidor que paga por um bilhete zuado, vou ter que apelar pra baixaria mesmo.


Fonte: danilozero.blogspot.com

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Agora já foi... e nem te mais como voltar

TOP 5 "Agora já foi, e nem tem mais como voltar..."

Existe nome para essa sensação?

- Você escreve aquele mail gigante e não sabe se envia. Pensa nas conseqüências. Pode ser a única chance dizer o que está entalado. Dane-se! Clica em enviar. Em 5 seg, bate a razão. Já foi...

- Viaja tranquilamente quando, a 140 km/h passa por um guard rail e tem a impressão de ter um radar móvel escondido. Olha direto já para o velocímetro. Se o limite é 110, tá ferrado. Na seqüência, olha o retrovisor. Já é tarde. A mureta ficou agora a mais de 500 metros. Já foi e...

- No MSN, digitando que nem um louco para 9 pessoas ao mesmo tempo, vê janelinas piscando igual piscas de natal. Mal lê e já responde pra todo mundo. Mas percebe que a resposta, nem um pouco educada sobre um assunto completamente diferente e de conteúdo impróprio foi pra pessoa errada. Vê como confirmação a foto do seu colega ao lado do seu texto. Já foi...

- Aquela coleguinha que você sempre fantasiou estar num rala e rola, um dia, numa comemoração da empresa, resolve dar bola pra você. Bebidas a mais, olhares e risadinhas. Vai rolar. E eis que no rolar, você “esquece” de se proteger. Na hora é lindo. Mas em 68 segundos cai a ficha. “Ai ai ai. Se ela saiu assim comigo, deve ter saído assim com outros”. Já foi...

- Namorada nova. Está dando uma volta no shopping e educadamente pergunta se ela quer jantar. Ao entrar direto naquele restaurante que todos dizem ser divino, observa no cardápio que o prato mais meia-boca, a arroz branco e fritas custa R$ 70,00. Um suco são R$ 6,00. Já foi... e nem tem mais como voltar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Momento Danilo II

Como já postei anteriormente, existe um blog de um rapaz juito engraçado que, quando fica P da vida se transforma. Essa "transformação" é chamada de momentos Danilo. Aqui vai o segundo "Momento Danilo". Segundo o próprio, aconteceu em dezembro de 2003.

Lugar de Lixo é no Lixo

Eu estagiava no Depto. de Marketing de um Shopping. Não querendo me gabar, mas meu trabalho era muito elogiado por lá. Todos gostavam muito das minhas criações. Minha gerente então prometeu que eu seria efetivado, pois segundo o Depto., meu serviço era essencial e blá blá.
Foi aí que o jogo começou a virar. As coordenadoras, que até então se davam bem comigo, começaram a colocar no meu. Mandavam eu fazer serviço de auxiliar de ajudante de servente de pedreiro. Eu não tenho nada contra essa profissão. Mas minhas costas começou a doer de tanto carregar peso. E eu cometi meu erro fatal: Eu disse uma palavra que é proibida no mundo dos estagiários. Eu disse NÃO!
Aí tudo foi água abaixo. E em menos de 1 semana eu estava na rua. Sem mais nem menos. A gerente me chamou, chorou e me mandou embora. Eu ia sair de boa, mas escutei certo comentarinho que despertou em mim o desejo de fazer alguma coisa ruim:
- Hunf..tomara que o próximo estagiário não seja lixão como o Danilo...
Pensei eu com meus botões despedidos: -Oras...se eu sou lixo, tudo que fiz é lixo... e lugar de lixo é no lixo...
Fui na sala da gerente e pedi autorização para pegar alguns arquivos pessoais que estavam no micro. Sentei na minha mesa, liguei o PC, e apaguei trabalho por trabalho que eu fiz. Um por um. Sem pressa. Trabalho de um ano inteiro. Depois gravei arquivos brancos por cima, para que backups ficassem em brancos. E fui embora.
Na hora do almoço meu telefone tocou. Era do Shopping, a gerente do RH, (ninguém do Depto. de Marketing queria falar comigo):
- Danilo.
- Eu mesmo.
- E aí..acho que aconteceu um acidente... você foi pegar seus arquivos no computador e sem querer apagou eles não foi isso?
- Não, não. Eu apaguei por querer mesmo.
- Foi um acidente?
- Não, não, foi por querer mesmo...
- Mas por que você fez isso?
- Só se manda alguém embora se o trabalho dessa pessoa não é bom. Como eu fui mandado embora, pensei que meu trabalho não era bom. Então apaguei. Fiz um favor pra vocês.
- Mas você não pode fazer isso. Esse trabalho era do shopping. Nós pagamos você pra fazer ele.
- Exatamente. É como o telefone. Eu pago todo mês. Quando eu deixo de pagar eles cortam o serviço. Eu fiz o mesmo. Se vocês não pagam mais o Danilo, não vão ter o serviço do Danilo.
- Você gravou os dados que apagou pra você?
- Sim. Todos eles. Estão aqui comigo em CD.
- Olha, o servidor conseguiu recuperar tudo que você apagou.
- Que maravilha!
- Mas daria pra você entregar uma cópia desse CD pra gente?
- Pra quê? Vocês não recuperaram tudo?
- Sim, mas é que isso iria agilizar alguns procedimentos.
- Ah..eu não to afim de agilizar nada sabe.
- Nós vamos consultar um advogado. Porque você era funcionário daqui...e isso é crime...
- Eu era estagiário..tanto é que meu contrato reza que eu estava aí para aprender não para fazer serviço... Sem contar que como estagiário eu não tinha vínculo empregatício nenhum aí com o Shopping... Eu teria semana que vem..mas mandaram embora antes... então vê aí com o advogado e depois me liga.
- Você é muito infantil.
- Posso ser... mas fui um infatil que fudeu legal. Porque só vocês tem o direito de me fuder? Porque eu não posso fuder vocês um pouquinho que seja também? Que egoísmo é esse agora?
Bom...resumindo a história, até hoje eu não entreguei o CD. E fico feliz, porque quando visito o shopping, vejo que, a qualidade das peças de comunicação e marketing decaíram muito. Pra falar a verdade, estão um verdadeiro lixão.

Fonte: http://danilozero.blogspot.com/2004/10/momentos-danilo.html

sexta-feira, 27 de julho de 2007

PAN PAN PAN PAAAAN

O título era para ter a entonação da 9a Sinfonia de Beethoven. Mas deixa pra lá. O Pan acaba domingo e, como diz o Doug, "Pelo fim do PAN!". Acho que ninguém aguenta mais. E até legal. Estamos vendo o país num desempenho nunca visto, acho que isso acontece graças a torcida brasileira. Sinceramente, acho que nas olimpíadas, voltaremos ao noss 70° Lugar. Basta ver os Estados Unidos. Com a maioria de suas equipes "reservas", já estão com mais que o DOBRO das medalhas de ouro que o 2° Lugar, no caso o Brasil.
Enfim, vale pela relevância do esporte. Valorização de atletas até então desconhecidos e claro, a torcida que até então só sabia gritar "gol", "set" e "game". Isso além das vaias de praxe.
Olha que legal, na época de Pan e Olimpíadas, todo mundo sabe o que é "koka", "ipon", "wasari", "set point", "ace", "salto triplo mortal carpado" e por ai vai...
Um país tão carente de esportes (principalmente transmitidos ao vivo em massa!), o povo fica perdido. Teve dia que o poder (meu controle remoto) ficava pulando 5 canais ao mesmo tempo. Queria acompanhar o Judô, Natação,
Ginástica, Volei, Handbol...
Como tudo não é só alegria, passamos pelas vergonhosas atuações (amareladas e já esperadas) de alguns. Outros visivelmente colocavam tanta garra que até emocionava.

Bom para o país, que viu seus atletas dando sangue com arenas, ginásios lotados, isso sem contar o show a parte tecnológico dos telões. (Salvo algumas excessões. Vide foto ao lado - alguns juram que acompanharam além do futebol, uma partida emocionante de paciência!).
Mas pera lá. O show não foi só tecnológico. Vimos o show das beldades. O mulherio pode acompanhar de perto a definição de músculos dos atletas, as feições arianas dos mais atléticos..
Mas nós macho-mans não ficamos atrás! Acompanhamos desde o início do evento a miss brasileira desfilando e, depois, todas atletas exibindo seus corpos malhados para o delírio daqueles que acostumaram só torcer para a Edinanci.
Vendo essa foto ao lado da ginástica
(publicada no Terra), lembrei da goleira brasileira de handbol (que jurei não comentar aqui no blog).
Tudo bem, os comentários na TV foram mais engraçados que do Holandes "Coku" na Copa. Tá certo.. a goleira deixou passar algumas bolas, outra hora, pegava com força e as vezes, até chorava. Mas aí já é outraaa história. Talvez para outro Pan.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Bala perdida


Antes do PAN, TODOS OS DIAS eu acompanhava o número de feridos com balas perdidas no Rio de Janeiro.
Se você se recordar, todos jornais, em especial o telejornal da Rede Globo "Jornal Nacional" chagava a separar um bloco só com as tragédias. Não se falava em outra coisa. As notícias eram "Morro do Alemão", "Linha Vermelha", "Protestos das mães", "Confronto", "Outra criança baleada"...
Era comum contar quantos casos desses encontrávamos diariamente. E do nada, como mágica, SUMIU. Nenhum caso.
N-E-N-H-U-M!
0, ZERO! Alguém tem alguma sugestão?

terça-feira, 17 de julho de 2007

So Far So Close

Terça Feira tensa.
Após tanto esforço, o Brasil consegue enfim, deslanchar na competição pan-americana.
Seis medalhas de ouro, a tão esperada medalha da Jade Barbosa, dupla gold medal de Diego, Mosiah e equipe de ginastica, assim como a equipe de natação. Ainda tem muito por vir. Estou otimista e acho que o Brasil consegue ficar na 2a posição no total geral de medalhas, ficando atrás solamente da impossível equipe Norte Americana.
Já dizem por aí que tanto o Varginha quanto o Doug, empolgados com a ginástica (principalmente modalidade solo) querem praticar e quem sabe um dia, competir. Sei não viu.
Bom, desatre aéreo no RJ, desastre aéreo em SP e desastre mutante em Cps.
Nosso colega e, particularmente meu grande amigo Flavio, vulgo X, teve um problema em seu coração. É dona Simone! Foi Você? rs
Enfim, tudo parece estar se normalizando e, se Deus quiser, em breve, novas risadas com novas histórias cabulosas.
Força X!

O que é isso...?

Que curioso, a maioria dos meus posts se iniciam ou abordam em algum momento filmes e cinema. Acho que essa característica sempre irá fazer parte dos meus textos.
Explico o excesso de filmes e a falta de Bets na minha vida: desde muito cedo, troquei as brincadeiras de rua pelos filmes porque minha casa fica numa avenida muito movimentada, quase uma via expressa.

Portanto, aqui vai mais um post, dessa vez sobre...
o belo filme de Bruno Barreto "O Que é isso Companheiro?" que revi hoje. Estranho ver Pedro Cardoso, Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres em personagens com atuações tão dramáticas. Todos com vasta experiência cômica, se estereotiparam-se com expressões engraçadas e sorrisos estampados.
Mais estranho que eles, é imaginar a situação. Um momento tão delicado do país, vivenciado por um grupo revolucionário encabeçado pelo "Zem" Fernando Gabeira, o próprio que se encumbiria de executar o embaixador.
Viu-se que pela primeira vez, o homem é livre. Sua mente é livre. Temos as leis, mas podemos trangredi-las se sentirmos necessidade. Vencer a mídia. Tudo por um ideal.
Um grupo que sonhou alto "conseguiram" voar alto. Numa realidade problemática, quiseram e conseguiram. Sim, o livre-arbítrio do homem.
A estranheza "final" se dá pela comunicação. Não especificamente pelo rádio e os primórdios da televisão, mas pela comunicação propriamente dita, por exemplo da polícia.
As perseguições feitas sem apoio e contato imediato. Na época, somente com os PXs e PYs, sendo necessário um véiculo de posto superior intervir numa viatura para atualizar suas ordens. Helicópteros seguindo viaturas praticamente na banguela.
Sem celulares, rádios, intervenção via satélite, busca computadorizada on-board guia de mapeamento online... Acho que logo teremos piloto automático. A energia elétrica automotiva já está sendo testada.
Se um dia eu voltar a reler esse post, talvez em alguns anos, esse "acho" será obsoleto. Quem sabe nesse dia eu dê risada dessas idéias, afinal o homem nem deve mais sair de casa, e sim seu clone ou seu robô esteja trabalhando (dobrado) por você. E assim o mundo (capitalista) continua girando.
Evoluindo sempre (pelas guerras).

segunda-feira, 16 de julho de 2007

4° com sabor de 1°

Louvavel a apresentação da Jade Barbosa no dia de hoje no Pan, dia em que a Ginástica apresentava as provas individuais. Por apenas 0,05 a barsileira não chegou no pódio. Até quem nunca acompanhou os ginastas e provas desse segmento (meu caso) ficou esperançoso com tal feitio.
Com um passado difícil (órfã de mãe) e tão jovem carregou uma responsabilidade sem igual. Depois de Daiane dos Santos se afastar dos jogos. (vou ter que abrir um parenteses).
O que essa tartaruga ninja foi fazer no pan? compras? Ela nem no freeshop foi!
Todo glamour do esporte concentrado numa atleta que amarela na hora H. Segundo seus técnicos, foi uma decisão poupá-la para o pré-olímpico. E o PAN? é baboseira? então porque tanto blablablá?
Jade, uma até então desconhecida, entrou, LIDEROU e tentou. Errou no exercício final. Caiu, chorou e todos sentiram a garra e a vontade de vencer. Suou a camisa. A força e a vontade de todos brasileiros sofredores que não se abatem com nada esta vá. Ficamos com o 4o lugar.
Honrável. Uma pena não existir medalhas para coragem. Mas esse foi um 4o com sabor de primeiro tamanha dedicação e esforço.
Ficará com a alma tranquila, subiu e tentou. Perder faz parte do jogo. Mas batalhou, ao contrário de outros que merecem apanhar de corrente até se criar vergonha na cara para entrar na arena, tentando finalmente ganhar alguma coisa além de fama.

domingo, 15 de julho de 2007

SUNDAY (de chocomenta!)

Ao contrário do que foi a estréia de Harry Potter (aventura descrita 3 tópicos abaixo), a Van Premiére de Transformermers foi boa. Muito boa.
Cinema vazio, pessoas educadas, companhias agradáveis. Tudo contribuiu para uma ótima sessão. Alías, o barulho é claro ficou por conta de Michael Bay. Já virou automático. Assim como arroz está para o feijão, barulho - explosões e vidros quebrados estão para Bay.
Quase duas horas e meia passaram rápidas. Atores e efeitos excelentes. Muitos erros de continuação, mas o ótimo posicionamento de câmeras e sumpreendentes takes fazem a média do filme ficar acima da média.
Filminha no sábado.. porqueeeeeee?
Domingão é dia de futebol. Como já fotografei a Ponte na sexta e o Guarani no sábado, hoje é dia de apenas ver (mas continuar dando risada) da seleç
ão. Não me agrada muito, mas pelo menos é a final. Saudades das ETERnas discussões nas mesas da faculdade.
Como estava na dúvida se assistia o clássico com a camisa canarinho ou da Argentina (a mesma que o Doug usa no MSN - sim é minha!) - acho que usarei meu poncho. Como assim que poncho?
Ninguém viu na abertura do Pan o corredor formados pelos nativos bralileños?

Quem achava que só tinha negão, errou. Quem achou que só teria mulher pelada, errou. E quem achou que só tinha índio? Naaaa. Somos tudos pagodeiros de ponchos vermelhos tribais. Ah, vai me dizer que você não usa o seu diariamente?
Pois é, até mostramos em rede universal para os atletas, vamos mostrar aos nossos vizinhos! Vou buscar o meu agora.
(putz, domingo não tem loja aberta).

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sexta Feira 13 - Origens (Texto sério - e copiado!)

A superstição que ronda o número 13 é, sem dúvida, uma das mais populares. Sua origem é pagã, e não cristã, como muitos pensam, e remonta a duas lendas da mitologia nórdica.
De acordo com a primeira delas, houve no Valhalla, a morada dos deuses nórdicos, um banquete para o qual 12 divindades foram convidadas. Loki, deus do fogo, ficou enciumado por não ter sido chamado e armou uma cilada: ludibriou um deus cego para que este ferisse acidentalmente o deus solar Baldur, que era o favorito de seu pai, Odin, o deus dos deuses. Daí surgiu a ideia de que reunir 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.
Na segunda, a associação com a sexta-feira vem da Escandinávia e refere-se a Frigga, a deusa da fertilidade e do amor. Quando as tribos nórdicas e alemãs foram obrigadas a se converter ao cristianismo, a lenda transformou Frigga em bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se que, para se vingar, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entes, para rogar pragas sobre os humanos. Isso serviu para incitar a raiva e a animosidade das pessoas contra Frigga, embora nem sequer existissem figuras malignas como o Diabo nessas culturas. Como a sexta-feira era um dia consagrado à deusa e, portanto, ao feminino, o advento do patriarcado fez com que esse dia fosse o escolhido para ser um dia amaldiçoado, como tudo o que dizia respeito às mulheres - a menstruação, as formas arredondadas, a magia, o humor cíclico, o pensamento não-linear etc.
A Última Ceia, portanto, é uma posterior releitura dos mitos originais, onde havia 13 à mesa, às vésperas da crucificação de Jesus, que ocorreu em uma sexta-feira. O 13º convidado teria sido o traidor causador da morte de Jesus, exatamente como Loki foi o causador da morte do filho de Deus.
O fato é que existem muitos supersticiosos neste mundo, a ponto de ter sido criado um termo específico para definir a fobia que alguns têm pelo número 13: triscaidecafobia. Há inclusive uma palavra específica para aqueles que temem as sextas-feiras 13: parascavedecatriafobia.
Segundo o site Dictionary.com, triscaidecafobia é um termo surgido a partir da junção dos termos gregos triskaideka (treze) e phobos (medo). Napoleão Bonaparte, Mark Twain, Richard Wagner e Franklin Roosevelt teriam sido alguns dos mais famosos triscaidecafóbicos. Wagner, por sinal, teve quase tantas relações com o número 13 em sua vida quanto o nosso técnico Zagallo: afinal, o compositor alemão nasceu em 1813, compôs treze óperas, finalizou sua obra "Tanhauser" em 13 de abril de 1860 e morreu em 13 de fevereiro de 1883.

O número 13 é tido ora como sinal de infortúnio, ora de bom agouro.

A ideia do 13 como um indício de má sorte surge da concepção que o judaico-cristianismo tem da morte, que não é, necessariamente, a idéia que Jesus teria tido. Especula-se, inclusive, que Jesus, sendo um sábio iniciado, possa ter estipulado o número de pessoas à mesa em 13 precisamente por causa da magia do número. (Jesus Cristo foi crucificado numa sexta-feira).
Nas cartas do tarô, o Arcano 13 é a carta da morte, até por uma possível associação com as letras hebraicas. Estudiosos da prática interpretam a carta como um sinal de mudanças de pontos de vista, de formas de viver, e profundas transformações internas e externas. Mesmo quando se refere à morte física, na concepção religiosa, esta não representa um fim em si mesma, afinal os povos antigos viam a morte como transmutação, uma passagem para outro mundo ou plano de existência, em geral com uma conotação evolutiva.
Por esse motivo, as tradições de magia ocidental, como a Wicca (bruxaria moderna), sugerem o número de 13 participantes em rituais.

Na história - Diz-se que a maldição do dia foi fruto de uma briga entre o rei francês Filipe, o belo, e a Ordem dos Templários, no século XIV. Na época, a França estava próxima da falência econômica e Filipe resolveu cobrar impostos da Igreja. Excomungado pelo papa Bonifácio VIII, que se indignou diante da decisão da cobrança, o rei tentou aproximar-se da Ordem dos Templários (um grupo de cavaleiros cristãos), pretendendo uma reconciliação com a Igreja. Filipe, o belo, não foi aceito na Ordem e, como vingança, ordenou a prisão e tortura de cinco mil cavaleiros. O dia era uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307.
O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte.

Assim, na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Reportando-nos agora à civilização cristã, lembramos que nos Estados Unidos o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

Fonte:
http://cantinhodosdesabafos.blogspot.com
http://www.interney.net/blogs/inagaki/

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Mercado nada livre

Que mundo! Moderno né? Se compra e vende tudo pela net...
Qual o maior site de vendas? Mercado Livre. Ok. Vou lá.
Procurei se alguém tá vendendo a mãe. Não tem! (tem bastante placa mãe, procurei outras categoria.. e nada). Não que eu queira trocar de mãe. Estou muito feliz com a minha ;-)
Bom, próximo passo. Uma cartucheira. NADA again.
Continuo minha busca bizarra. "Miolo", nada. "Perna mecânica", nada.
Procurando "Braço plástico" achei Descança-braço para belina e corcel (do ano 71 a 77) por R$ 11,00. (novo) meu.. como isso tá novo? Não existe a mínima possibilidade, enfim... Esse mercado não tá com nada.
No anúncio da tv, o cara vende um beijo por 1 real. Vamos procurar.
NADA. Temos aqui: 3 resultados interessantes relacionados a beijo!
1 - Absinto - A volta do beijo da fada verde (??) - R$ 33,00
2 - Por 24$ 13 fitas K7 de beija flor cantando no Espirito Santo
3 - Gel do beijo (chocolate e menta) R$ 13 (porra, que caro!)
Achei latinha de band-aid por R$ 10, uma cama de bronzemento artificial por R$ 15.000,00 e a Camisa do Romário usada contra o Grêmio por R$4000.
Em resumo, só propaganda enganosa!
Sempre achei que a venda na internet servia, de certa forma, para omitir o comprador ou o produto, logo dando idéia de operações ilícitas, seja o comprador ou o produto.
Então vamos fazer de conta que um serial killer não pode ir as compras, certo? Aonde ele vai? AO MERCADO virtual LIVRE!
Um suicida procura um 9mm tem? NAO! Glock? NADA! (estou pegando pesado, mas sendo sincero, que mal tem um cara de caça comprar uma arma, licenciada e etc?? NAO TEM)
Se quiser, arrancar um braço, serra elétrica também não tem! Tem serras de mesa, mas aquelas do Jason NAO TEM. Terá que esperar 5 dias e pedir aquele multi detonator que tem no polishop que destroi um mamão com casca, abacaxi com coroa... suco de maçã.. vc enfia a fruta e TSSSSS ja sai o caldo.. só assim. Em 5 dias ele poderá moer o braço de alguém.
O Jason estaria triste (imagina acena) ele sentado no sofá da sala cabisbaixo porque não tem uma arma letal.
Agora sabe o que tem? Soco inglês!!! Não é proibido?? E sabe quantos modelos tem? 23 ! VINTE E TRES! TWENTY THREE! Tem ate uns com logo marca do Constantine!!! hahaha média de preço: 30 R$
Bom, como não sou serial e muito menos killer.. vou enSERRAR esse assunto bizarro. Vou ficar aqui vendo os produtos enquanto você vê essa frase chegar ao final.. Ficou curioso? vai lá. Olhar é free.

Sim sim salabim

Sim. Estou vivo.
"Então por que você não posta nada nesse blog carambolas?".
Pois é. Nem copiando direito eu tô. Fase cabulosa. Desânimo!
Nem o PAN salva (também chocolate que gruda nos dente é fogo).. (ok, me perdoem o trocadilho.. a fase está terrivel). rs
A Daiane ameaçou amarelar (minha mãe diz que é pecado eu dizer, mas acho que ela precisa inserir 2 horas no seu treinamento de pancada. Acho que falta ela apanhar para trazer alguma merda de medalha. Trazer? Ela já ta aqui pô. Então tomara que ela não se preocupe só com as compras, até porque o freeshop ela não vai).
E se não conseguir, pede para alguém no Rio roubar. Roubam tudo dos outros. Vamos roubar pelo país então!
E na esgrima? o cara meteu a porra da espada no pulmão do oponente. Isso sabe o que significa? (você pode se perguntar, um atleta a menos?) NAAAO, um atleta a mais. Isso sim. Esse cara tá no meu time. Vamo fazer das tripas coração. (literalmente).
É meu caro. Minha vida ta um desânimo. Depois da fase que tudo parece desandar, achei que pelo fato do meu pé voltar a ter contato no solo, significaria melhoras.. tsc tsc
Bom, pra que vou me lamentar aqui né? Fui pagar para me divertir. (não não, sou de família. Fui ao cinema). Com a D, fui ver a estréia do novo Harry Potter. Na fila, um ser já mostrava seu rainho na testa. O dia promete. Isso porque não tinha visto o tamanho da fila. E eu já pensava em como carregar um copo e saco de pipoca por quase 800 metros de fila indiana.
Meu humor estava ótimo e apurado, resolvi sorrir e aproveitar o frio congelante.
Como não ando inspirado, vou pular para os finalmente (ok?). Sentamos próximos ao corredor, então, idas e vindas era normal. Me senti na rodoviária.
Mas a sorte que sentei na frente de 4 coleguinhas de uns 10 aninhos que pelo visto leram as 1200 páginas do 5o livro ontem a noite, e narraram não só o que acontecia, como antecipavam TUDO. Foi uma beleza. Pra que bigar? Se eu soubesse tinha pago para eles contarem a história (que eu JÁ conhecia!).
Meu protesto foi simples. Segui rigorosamente os passos do Danilo (Gentilli, quem acompanha sabe que dar uma de "Danilo" significa apelar para a infantilidade até se sentir bem). Numa atitude ridícula e infantilóide, resolvi estravazar e soltar minha angústia assoviando bem alto em todos momentos que tinha alguma explosão, barulho ou som alto. Assim nem amolar o outro eu amolava..
Resultado.. foi engraçado, diferente. Coisa de louco né? O que importa é que mesmo não gostando do filme me senti bem.
Pelo menos aconteceu alguma coisa diferente Hahaha. E mais! Aprendi essa proeza no mundo Blogger. (preciso postar mais momentos Danilo viu...)

ps - Quando a sessão terminou e o letreiro subiu, 80% do cinema aplaudiu. Sem comentários.

terça-feira, 10 de julho de 2007

As Sete Faces do Amor

As Sete Faces - Alexandre Inagaki

VII

Amar é jogar os dados na mesa.
Uns querem apenas amizade.
Outros, sexo.
Alguns entram para o mosteiro.
Amar emburrece. Não amar também.


Amar é sangrar uma torrente
de formigas vermelhas e raivosas.

Pois apaixonar-se
é construir uma imagem da pessoa amada
sem avisá-la antes.


Amar é mito.
Mito é aquela mulher que nunca se entregará para você.
E se o fizesse, não aconteceria nada,
porque na hora H você broxaria.


Amar platonicamente
é amar apenas do pescoço para cima:
que desperdício!


Amar sem ser amado
é combate sem tréguas.
Coiote apaixonado
perseguindo o papa-léguas.


Amar é renunciar
a muitas coisas,
mas também a maior transcendência
que podemos almejar
nesta vida.


Amar não é bicho de sete cabeças;
no mínimo, tem umas sete mil.

VI

Eterno o tempo inscrito no centro do teu olhar verde prata e céu
Beleza que ao tempo desacata o teu sorriso sombra de um véu
Desenho de giz o vento apagou mas e a cicatriz de um amor?
Restrito jogo sem regra ou juiz que fere alegra seduz desnorteia
Feliz de quem resistir decifrar tua teia estrela em noite negra

V

Noites de insônia e ciúmes estúpidos.
Promessas, promessas voláteis e inúteis.
Flores. Bombons. Jantares. Motéis. Traições.
Vozes enferrujadas:
- Você me ama? Você me ama? Você me ama?
O terror indelével das desculpas decoradas:
- Você merece alguém melhor. Não quero estragar nossa amizade.
O sofrimento descascando, despojando o coração.


Amor é um disco riscado de blues.
Amor arma a arapuca, esfrega as mãos, afia os dentes.
Amor faz de nossos corações marionetes,
e gelatina de nossos cérebros.
Amor é foda.

O mundo não foi feito para inocentes.

IV

Somos náufragos do mesmo barco
Anjos traídos em busca da mesma cruz
Duas cabeças ocas que não pensam
Que buscam pela mesma efêmera bênção


Gestos gastos e mal fingidos
Sempre as mesmas rimas e metáforas
Piadas ridas, beijos babados
Como ecos vagos, vácuos de passado


Nossos olhos estão prenhes de farpas
Faíscas que rebrilham em gumes de frases
Vagas rompendo com falésias e mares
Traduzidas em francas ironias lapidares


Com amarga sabedoria e dissabor
Constatamos quão vãs foram nossas palavras
Míticas mímicas, joguetes do amor
Que nos enredou em trevas e trovas


Compositores da mesma canção
Dançarinos da mesma coreografia
Amantes no mesmo colchão
Sorrisos na mesma fotografia


Parceiros da mesma eterna solidão

III

Três palavras tão repetidas,
tão banalizadas.
Por que me é tão difícil dizê-las?

II

Vida:
piada amarga que ri de nós.


Amor:
válvula de escape à qual recorremos com desespero e esperança.

I

Amar fragiliza
Mais do que eu gostaria de sentir
Mais do que eu me permitiria
Admitir.


Antes eu era mais livre
Mais estúpido
Mais inocente
Quiçá mais feliz.


Agora estou em tuas mãos:
Sentes o peso?
Sentes minhas aflições?
Minhas angústias caladas?


Estou em tuas mãos:
Estou tão frágil,
Estou mais feliz,
Mais temeroso deste mundo.


Cuida bem de ti,
Cuida bem de mim.
Porque já não sei me cuidar.


Cuida bem do meu coração
Que está atrelado ao teu riso;
Quando vigio teu sono
Tenho toda a paz do mundo.


Cuida bem de ti, meu amor,
Que já não sei mais
Viver sem teus olhos.


Amor tem sete faces,
e todas me amedrontam.
O mundo, sete mil faces,
e só uma me ilumina.


Fonte: http://www.interney.net/blogs/inagaki/?blog=5&posts=5&page=1&paged=3

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Momento Danilo I - "Eu só queria ser atendido"

Esse post é de um rapaz chamado Danilo Gentilli (http://danilozero.blogspot.com/) Ele de vez em quando tem uns momentos "explosivos", que costuma chamar de "momentos danilo". Hoje publicarei um deles para terem idéia.

Tudo aconteceu segundo ele em outubro de 2004 num consultório ortodôntico:


A 2 anos eu pago plano ortodôntico sem atrasar um mês sequer.
Devido a minha mudança de endereço, não recebi o boleto em casa e acabei esquecendo de pagar esse mês. Hoje foi minha consulta de rotina, e
assim a merda toda começou:
- Sr. Danilo (claro, todo mundo que paga alguma coisa é senhor!), eu vou te encaminhar a secretária do consultório para eles autorizarem o sr. a passar por consulta hoje, visto que não foi pago o boleto desse mês ainda.
- Ok. Sem problemas. Onde é isso.
- No fundo do corredor e tal.
- Eu vim aqui pra vocês me autorizarem a ser atendido hoje.
- Hum...deixa eu ver. Vou chamar a moça que autoriza.
(pensou eu: moça que autoriza? Deve ser um novo cargo que criaram. Qual a sua profissão? Sou a moça que autoriza!)
- Olá Sr. Danilo. Infelizmente não poderei autorizar, pois aqui consta que tem um boleto que está em débito.
- Sim. Eu mudei de endereço recentemente e não recebi em casa, logo esqueci de pagar. Mas eu tenho o dinheiro em casa. Se você me autorizar a ser atendido, logo que sair daqui eu vou pro banco e pago.
- Eu não posso autorizar sr.
- Como não? Você é a moça que autoriza! Se a moça que autoriza não pode autorizar quem é que pode? Você não é a moça que não autoriza. Você é a moça que autoriza. Me autorize por favor.

- Olha, vamos fazer o seguinte. Você vai pra casa, pega o dinheiro e volta aqui e marcamos uma consulta para amanhã pra você.
- Olha, vamos fazer outra coisa? Eu não vou pra casa e não gasto gasolina de novo, você não me faz ter que perder outro dia de trabalho, eu sou atendido, fico feliz, volto para casa e pago.
- Não posso fazer nada sr. O Sr. não pagou o boleto desse mês!
- Ok, eu já tentei, mas vou explicar de novo. Talvez me entenda melhor agora. Veja bem. Eu sei que não paguei, pois como disse aconteceram problemas particulares e esqueci de pagar. Porém eu tenho o dinheiro em casa. Pode puxar no sistema que você vai ver que em 2 anos eu nunca atrasei uma sequer. Não é possível que 1 mês atrasado tenha mais valor do que 2 anos em dia. Além do mais, o que acham que eu vou fazer? Que não vou pagar nunca mais? Acha que eu vou passar a perna em vocês? Acha que eu vou ser atendido hoje pela dentista e depois fugir para o Himalaia com o aparelho na boca? Eu só quero ser atendido. Só isso!
- Sei senhor. Porém não posso fazer nada.
- Porque não? Você é a moça que autoriza! Se você não autorizar serve pra que?
- Eu não posso.
- Olha, basta você dar um visto na autorização e pronto! Você pode, você consegue! Tenha boa vontade por favor!

- Eu não posso sr.
- Na verdade você não quer né, vamos abrir o jogo.
- Eu não posso sr.
- Então vamos fazer assim. Chame alguém que pode que eu converso com essa pessoa.
- Sr., minha gerente está muito ocupada e não vai poder recebê-lo.
- Então vamos fazer um trato? Eu vou ficar aqui de pé xingando você até ela poder me atender. Pode ser sua vaca do caralho?
- Você está faltando com o respeito.
- To sim, vai se fuder!
- Calma...
- Estou calmo, segura minha rola...
- Um minuto que vou chama-la seu grosso...
- Ah..agora ela pode me atender né.
(todo mundo olha pra mim como se eu fosse um desrespeitador. Porém ninguém vê o que realmente é a falta de respeito. Eu pelo menos prefiro mil vezes ser xingado por alguém do que pagar uma coisa e não poder usá-la).

Pois bem. Mandaram eu esperar. E eu esperei. Mas esperei de pé. Em frente o balcão da moça que autoriza. Olhando pra ela. Passado 15 minutos a gerente me atendeu.
- O que o sr. deseja.
- Eu só quero ser atendido.
- Pois bem. Eú já soube do seu caso.
- Então. A moça que autoriza não me autorizou. Poderia me autorizar por favor.
- Eu não vou poder, pois eu não posso fazer nada. Você está com um boleto atrasado. É norma da empresa.
- Ela já me disse isso. Mas eu pensei que você fosse mais importante do que uma norma. Ou não é?
- No momento não sou.
- Então o que eu faço.
- Vá pra casa buscar o dinheiro e nos pague que marcamos outra consulta.
- Eu moro longe. Não me faça perder outro dia de trabalho.
- Mas é sua mensalidade que paga o material que usam em seu atendimento. Se você não pagar não tem como.

- Eu só quero trocar as borrachinhas do meu aparelho. Você está dizendo que elas custam R$ 70,00? - Eu não posso fazer nada.
Então eu tive aquilo que os meus amigos chamam de "momento Danilo".
- Bom, .então senhora, vamos fazer uma coisa: vocês não estão sendo legais comigo certo? Então eu também não vou ser legal. Pelo contrário. Eu vou ser chato pra caralho! Vou ficar sentado aqui e só sair se me atenderem.
- Você não pode ficar aqui.
- Claro que posso. Vocês me convidaram pra entrar aqui!

- Mas aqui é a gerência.
- Grande bosta. Se fosse a presidência eu até pensava. Mas gerencia? Você é a gerente? Devia se vestir melhor para gerente.
- Olha, por favor se retire.
- Não tô afim não.
- Assim você não vai resolver nada.
- E nem você. Você nunca resolve nada. E além do mais eu não to afim de resolver nada mesmo. Eu estou afim de chatear.
Então eu comecei a fazer comentarios idiotas a respeito de todos que estavam na sala do tipo: -Essa aqui é tão gorda que pra achar o cú dela eu preciso de um mapa... ou então: -E essa moça que autoriza aqui? Usa sutiã com enchimentos. Acha que tá enganando quem? Assuma suas azeitonas.
- Você está sendo infantil
- Sim. Eu estou afim de ser infantil também. Porque só vocês podem me chatear? Eu também quero chatear um pouquinho poxa.

O gordo que estava na mesa do lado me ameaçou:
- Olha é melhor tomar cuidado com o que você diz.
- Porque? Você vai me dar uma barrigada?
- Eu vou chamar a segurança.
- E o que a segurança vai fazer? Eles não podem me relar a mão. Eles não são da polícia...ou são?
- É... então nesse caso eu vou chamar a polícia...
- E o que vocês vão dizer pra polícia?
- Que você está sendo inconveniente
- E é crime ser inconveniente?
- Eu vou cancelar o plano.
- Mas você não pode cancelar o plano, porque está no nome da minha mãe. Não pode cancelar sem minha mãe aqui pra assinar.
- Eu dou um jeito.
- Ah... então você não consegue burlar uma norma da empresa pra me ajudar, mas consegue burlar uma norma da empresa pra me fuder. Quer saber. Pega a quebra do contrato, imprimi, eu assino, você assina, depois eu enrolo e enfio no meio do seu cú... e no cú desse gordo intrometido também.
E aí começou a baixaria. Até que chamaram a segurança. A situação foi se agravando. E vou resumir tudo. Das 14h30 as 16h30 eu fiquei xingando todos.
Tudo que eu queria era ser atendido.
Liguei pra minha mãe e ela levou o dinheiro. Agora era uma questão de honra pra mim ser atendido naquele dia. Minha mãe chegou. com a grana e ia entrando na sala eu disse:
- Não mãe. Não entra! Vão chamar a polícia.
- Entre senhora!
- Ela pode eu não posso!
- Senhora, seu filho estava aqui descontrolado nos ofendendo.
- Além de gorda é fofoqueira!
E por ai foi a baixaria até que disseram que iam me atender.
- Mas se eu não for atendido nesse exato momento, eu volto aqui, e começo a chatear de novo, ok? Pois estava marcado a consulta para as 14h00 e 13h30 eu estava aqui.
- Olha...o próximo paciente vai ser você...
- Ok...
Fui lá..fui atendido. E sai com minhas borrachinhas novas. Mas não resisti e tive que voltar lá.
- O menina que autoriza, gerente gorda e pança ameaçadora. Estão vendo? Fui atendido!
E fui embora e foi isso...
Eu queria ser legal... mas me obrigaram a ser chato. E eu adoro ser chato.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O CTRL C e o CTRL V são bons companheiros! - PARTE II

Decididamente, o CRTL C e o CTRL V mereciam um prêmio.
Depois que eu postei uns dias atrás, fiquei pensado. Hoje, até as colas (segundo o Aurelião: cola é a cópia feita clandestinamente nos exames escritos) são AGORA DIGITADAS!
Se vamos estudar, resumão no PC! Ctrl C – Ctrl V e Pááá!, ta lá a matéria. E se há 50 anos já se colava, hoje, as colas cyber devem ser muito bacanas.
As mais simples: ctrl V - textão no monitor, selecionar tudo, fonte 5. Imprimi e dobra-se a folhinha no meio (cola uma parte na outra). Fácil né?
Mas hoje deve ter jeito mais avançado. Esconder um texto na rede, no servidor. Mudar a autenticidade do autor eletronicamente. Capaz ainda de você “conseguir” provar que quem inseriu o texto no meio de um *.Dll do pc foi o rapaz bobão ao lado.
Puxa. Agora deve ser fácil colar né? E antes tinha que ficar fazendo letrinha. Carambolas, eu nunca fui bom de colar. QUEM DERA!!! Ter o ctrl v e ctrl c no meu tempo de faculdade ou ginásio.
Vou contar meus esquemas: 50% era escrever na mesa (letrinha e códigos), 30% perguntar ou copiar de alguém ao lado, 20% folhas inseridas em cadernos embaixo da mesa, 5% papel entre as pernas, 5% outros (haha filhão, deixa a imaginação fluir... Um esquema bacana era fazer uma meia lua de papel lotado de escrito. Fixar com uma taxinha invertida na mesa com o lado reto para fora. Quando o professor andasse, gira a meia-lua e tchaaaaam!).

Tem que ter o dom de despistar o professor e falar com a mão encobrindo a boca, disfarçando.. ou quando ele olhar, você que ia falar algo com alguém.. boceja.. ou faz cara que tá difícil.. hahaha bons tempos.
Bom, estou fugindo do assunto cyber. Quando estava nos últimos anos de faculdade, aprendi a mexer bem com redes (nesse tempo não existia a paranía de invasões e firwalls). Acho que as maiores cachorradas que eu já fiz foi necessitar URGENTEMENTE imprimir algum trabalho e a fila de impressão na informática estar gigante. Invadia o servidor, cancelava a impressão de todo mundo e jogava a minha em primeirona! Rs. Tentei me lembrar e, segundo minha memória, acho que somente duas vezes fiz prova escrita (digitada rs) no computador na faculdade (matérias práticas em jornalismo). E claro, quem quem quem quem aparece? ELES. O Ctrl C e o Ctrl V.
Nas duas, abri uma tela paralela, e através do explorer, busquei outro computador linkado na rede (daquela sala / colegas) ou até fora da sala (já sabia a numeração dos pcs das outras salas em avaliação). Daí rolava o básico Ctrl c e v. Mas por convicção mesmo. Já no final da faculdade era um bom aluno que prestava atenção. Era sempre uma certificação de que estava escrevendo as respostas corretas.
Mas a moral da história é que hoje, podemos excluir o documento de outrem (uma vez que a segurança em invasões estão sempre sendo exploradas. Os Firewalls todos os dias evoluem, e todos os dias são quebrados). Por que? Porque se você entrar, ou se deleta o que tem por maldade, ou se copia o que existe. Quem quem quem quem? Sim eles. Control C + Control V.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Hoje eu encontrei o Elvis!

Isso mesmo! Tava saindo da videolocadora (quarta feira é dia de locação mais barata), e vi de relance seguindo em direção do Castelo (a pé!) o próprio. O rei!
“Cacete, é o Elvis. Ta velhão, arregaçado, mas é o Elvis!”
Fui correndo atrás. Diferente do conhecido lay out com macacões em estilo karateka, vi o rei de calça jeans e camiseta branca. As costeletas aparadas, (a minha ta maior que a dele, mas não importa). Puta merda, “O” cara tava ali na frente.
Já quase sem cabelo, grisalho, entradas enormes, nem tão gordo e nem tão magro, uma pulseira e um anel. Não tinha jeito, eu conheço aquele olhar e o gingado.
Fui correndo atrás e, devido movimento de carros quando ele foi atravessar a rua, eu esperei na guia o trânsito diminuir ao lado dele.
Certeza, era ele. Porra! O Elvis tá em Campinas.
Em meio barulhos de buzinadas e freadas do balão, eu não agüentei: “Ohh Elvis??”.. Nada.
Mas eu vi o olho dele correndo para lateral da cara me secando. Nem vem que não tem, quer me enganar né?
-“Porra Elvis, dá um abraço veio! HUG, HOLD ME! AI EM DE FEM NAMBER UON”.
Típica cara de “putz” balançou a cabeça num sentido negativo e atravessou. E lógico, Mazzola correu atrás.
- “Se liga aí Elvis, se você não parar, eu vou dedar você!” e ele? Obviamente, nem tchum.
-
“Porra, eu tenho tudo, cd, dvd, você é do caralho velhão!”
Chegou do outro lado da rua. Nessas alturas, perto da drogaria Iporanga. Pô, só me faltava encontrar o Elvis e ver ele ir na farmácia comprando diurético ou coisas do tipo.
Não, não, ele passou reto e entrou na rua do Pão de Açúcar.
-
“Puta merda, o Rei!, o Rei!” Falava alto e ninguém nem percebia. Uma típica cena normal. Virei pra ele e mais uma vez tentei o contato: “Cara, se eu fosse você, chamava pro pau o Roberto Carlos. Vamos unificar os títulos. Tá certo que o cara é manco, mas garanto também que mesmo coroa consegue meter uma na cara do Michael Jackson. O titulo é nosso. Rei dos Reis!”.
O cara não me dava bola. Todos pedestres continuavam desviando de nós dois, por coincidência, todos no sentido oposto. Não era possível. Ninguém nem reconhecia, mas eu tinha certeza.
-
“Canta uma aí pra mim vai, Always on my mind, my way, little sister, você é o cara! pode até escolher. Pode ser gospel também, eu nem ligo... manda uma aí pô”.
Encontrei o Braím da padoca atrás de casa vindo na minha direção: “O Braím, chega aí véio, olha quem tá aqui. O Elvis porra”.
(falando baixinho) “Se liga que é Deus lá em cima e você aqui embaixo ne?”
- “O Elvis? Costello?” diz o Braím.
- “Não caralho, o Presley! O rei! Deus, Blue suede shoes, love tender!!”
- “Mas o Elvis não morreu?”
- “Olhaaaa o cara aqui veeeeio. Interão!!!”
- “Mas eu nem conheço o cara, ele mora aqui? Ta mais prum cover aidético viu.”
- “Sei lá, to seguindo ele.. ele num tá afim de papo comigo, mas eu já saquei a dele. Vamô junto. Uma hora ele falará conosco.”
Mas NEM sinal do senhor parar. Até parecia que já estava acostumado com essa situação.
- “O Braím, corre lá no seu Jão e pede pra ele dá um chego aqui correndo pra confirmar. Ce vai vê só. É o Rei mano!”
Enquanto o Braím saiu fora, eu já tinha cruzado a Orlando Carpino, e estava quase cruzando com a Rua Germânia, quando eu resolvi abordar o cara de novo.
- “Você é foda heim! Mas ó, vou falar pro cê porque sou seu amigo. Na boa, cara... se no seu tempo tivesse Aids, você tava fodido, até porque você já comeu todo mundo né?!”
O grisalho parecia dar cada vez mais as costas. Parecia até que ele nem ligou com meu comentário. Incomodado com a perseguição, aumentou o passo gradativamente, começando quase a correr.
Eu fui correndo atrás “Alááá ta vendo? Manda o Roberto Carlos dá esse pique porra. A perna dele cai no buero.”
Foi quando ele parou.. Olhou pra mim.
- “Aeee puta merda é o cê mesmo!!”
Acabei de dizer isso, ele levantou o indicador.. ameaçou falar, mas desistiu. Foi virando as costas, nessas alturas já ofegante. Afinal, sua saúde não era mais de ferro, muito menos de alumínio.
MI MI – era a buzina da Braza Amarela do seu Jão. “Mazzola, cadê o porra do seu Elvis?”
- “Tá aqui oh!”
- “Num to vendo cacete, num é pegadinha do João Kleber não ne?”
Segurei o pano da manga já frouxa, perto do cotovelo.
- “Sabe como é. Se for o muleque canceroso que foi no programa do Ratinho cê tá ferrado”
Seu Jão enconstou a Braza perto da sarjeta, estávamos perto da mecânica e ele saiu pra olhar de perto.
Quase gritando não agüentei: “Falei pro senhor! É o Elvis manooo”
O senhor perseguido, já irritado passou a mão no rosto, enxugou o suor da testa. Visivelmente já no limite da paciência.
Seu Jão lançou “canta pra nóis que daí eu falo se é ou se não é”. No meu tempo, eu comprei lá na Galeria Barão uns long play. Do Elvis e dos Beatles eu manjo tudo.
Eu comecei a insitir “Sing for us! Love me tender. Love me tender! Repeat plis, Love me tender. Looovi mi ten-deeeeeeeeer!”
Jão entrou na folia e insistia também.
Eis que o astro parou e abriu a boca. “Lohhuvee- mi teeendehhr”. Porronto? Poóde me ir aróra?”
- “Sei não Mazzola. Ele tá fanho”. Seu Jão claramente desanimado, coçando a cabeça.
Abriu a portão do número 376 e entrou com passos largos sem falar mais nada. Correu, abriu a porta com vitrôs semi-abertos, virou pela última vez em nossa frente, trancou a porta e nem olhou para nós.
“Puta que pariu, falei que era ele. Ele nem conseguiu me enganar.”

terça-feira, 3 de julho de 2007

O CTRL C e o CTRL V são bons companheiros!

Caraminholas! O que seria da minha vida sem o COPY – PASTE?

E da sua heim heim heim? Nem vem querendo desprezá-los nããão. Que inveja dos ginasiais que estão chegando agora numa biblioteca. Procurando sobre a navegação de Napoleão ou sou o Ciclo de Krebs. Sim! Salve o Copy – Paste!
Havia uma tiazinha, ok tiazona! (me perdoe, esqueci o nome) na biblioteca do Pio XII que era craque em achar os livros.. Ela me trazia umas 7 enciclopédias e voalá! Só precisava de 83 minutos para copiar até minha mão tremer e achar q meus ossos iriam esfarelar a bic cor azul. Era uma maçaroca de informações. MUITAS! Tinha ainda que enten
der tudo! Para depois saber a ordem que iria atochar tantos dados.
Até então, eram 2 mesas só minhas. Livro aberto para tudo que era lado. Praticamente uma academia de letras (entendeu ham ham?) - (levanta livro, fecha livro, ergue dorso, fecha livro..) E era só livros com mais de 500 folhas. Se fosse pequeno, não pegava.. a professora tinha que sacar que fui logo nos mais complexos e enormes! E lá passava quem nem Chico Xavier meu intervalo (era muita informação, só o recreio não dava!) escrevendo... copyando e pasteando.
Eis que décadas depois com o computador tudo ficou fácil. Corrigindo, com a internet, tudo ficou diferente. Abrir uma página do word e colar dezenas de frases para só depois craniar e fazer um misturão... Acho eu só tive oportunidade de fazer isso após meu 1º ano de Faculdade em 96.

Difícil imaginar hoje. Copiar uma letra de música, um pedaço de receita (ok as mulheres também têm vez!), poema, dados.. Profissionalmente acho que não se trabalharia sem o copy – paste. A necessidade de ter a exatidão dos dados, das frases, parágrafos.. Hoje incompreensível tal feitio.
Viajando na Hellman
´s: poderíamos tentar xerocar, picotar e meter uma tenaz branca. Quando a folha começasse a pesar 1 quilo, estaria pronto! Mas não seria a original né? Entregar uma folha de trabalho parecida com a tábua de Moisés não rolaria mesmo.
Opa! Um dado interessante.. as fofocas diminuiriam a - “Olha o que o Z disse: ctrl c – ctrl v)” / b- “não pode ser, segundo o z ctrl c - ctrl v” / a – nossa, o z não é hetero!” SIM. MUITOS CRTL C! (Pare de fofocar!).Quem teria paciência para ficar RE-escrevendo tudo de novo? Nobody!
Avanço cyber – o Ctrl C vale também para imagem!.. Uma foto!!!! Quer xerocar?
Não precisa meu controu ce faz isso.
Quer ver o que eu estou digitando? É só dar um print screen + new file photoshop + quem quem quem? Yes. Não é o santo graal, mas é o CONTROU VÊ! Gráfico? Tudo tudo tudo..
Puxa. Vamos todos abaixar a cabeça por dois minutos e rezar por eles.
AMÉM.
Sim sim sim salabim, o copy – paste são bons companheiros SIM! E Ninguééém pode negar!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Racismo

Sexta feira passada assisti no Jornal Nacional as últimas sobre o Sistema de Cotas nas Universidades. Depois de pensar a respeito cheguei a conclusão que o Brasil ta andando pra trás! CURIPIRA MESMO CARA PÁLIDA! Mazzola pópará. O papo é sério.

Sociólogos, historiadores, professores, governantes, ninguém sabe ao certo até onde isso é bom. O sistema foi implantado pela 1ª vez em 2001 na Universidade Federal do RJ. (UERJ) com a intenção de aumentar o número de negros nas universidades.

Não farei juízo de valores, colocarei algumas frases (revista ComCiência de 10/11/03) prós e contras e cada um tira sua conclusão.

a. “Negro é tão inferior que precisa de cotas”

b. “Ninguém consegue distinguir o negro do pardo”

c. "É uma discriminação às avessas, em que o branco não tem direito a uma vaga mesmo se sua pontuação for maior

d. "As cotas são uma solução simplista, que rompe com o princípio republicano básico de igualdade entre os cidadãos. Os negros não têm acesso ao ensino superior porque, na maioria dos casos, são pobres e passaram anos estudando em escolas públicas arruinadas”

e. “Se depender apenas do negro, por usa origem e herança, dificilmente alcançará uma posição de destaque sem o devido estudo”

Problemas existem e muitos.. Mas aí chega meu pensamento.

O Brasil está fazendo EXATAMENTE o que a África fez no ápice do racismo. Separar vagas, ou seja, deixar um lado do ônibus livre para os negros. OU MAIS, igual o que Hitler fez em meados de 40 na II Grande Guerra. Separar transportes exclusivos a judeus.

Em que caminho estamos?

Não gosto, alias, odeio textos que acabam com interrogação com falsas moralizações. Mas acho que hoje é uma exceção. Pensarmos até onde os governantes estão corretos.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Joãozinho melado nas pernas

“U cinema daqui é bom dimais, cê já foi? Lá niscuro, cumi até num pudê mais. Meti us denti numa sarcilha boa e sai tudo meladu nas perrna”.

Exato, terei que contar para ninguém se apavorar. Graças a Deus ele não foi conhecer o Cine Regente não.

Coitadinho, ontem encontrei meu amigo mineirinho na rua. Sabem como é né? Joãozinho mora em uma cidadezinha escondida do mundo, terra batida no chão.

Vem para cidade grande, fica perdido.

Dessa vez, veio timidamente contar sua última proeza.

“Mázzola, fui ncinêma. Ô luizona sô, ilumino um varal enóórmi!” Acho que até então a luz mais forte que tinha visto foi de um disco voador em sua cidade natal. Enfim... “Eu quero é môrálá, ô treim bão! Cumendo cuns pé na cadêra da friente viendo nuvela num telão desses!”.

Pois é. Isso mesmo. Joãozinho foi comer no cinema. Maravilhado com as fantásticas guloseimas expostas pela vitrine logo na entrada, sentiu-se na “Fantástica fábrica de chocolates”, se deliciou até sujar a orelha com doces, e não o bastante, pediu um cachorro quente.

“Moçô, bota tudim qui o cê tem démdrolanchi”

Imagino a cena, magro de dó, entrou carregando uma bandeja com um hot-dog tamanho GG. Assim que se acomodou na 2ª fileira (a 1ª não tinha aonde colocar os pés), pegou com as duas mãos o saboroso e nutritivo alimento e na primeira dentada, escorreu molho, milho e ervilha em sua camiseta do Galo.

Problemas? Nenhum. Joãozinho nem piscava vendo o anúncio do Bradesco em 15 metros de largura. Olhinhos brilhantes. Lembrou Zezé de José Mauro de Vasconcellos em “Meu pé de Laranja Lima”, um jeito simples, alegre e inocente.

Quando as batatas palhas, inundadas por Catchup começaram escorrer pelos seus braços, viu o tamanho do problema. Aquela gosma ia logo cair no chão e sujar a poltrona. “Ai meu Deus. U lantêrrninha vai mandá eu imbóra”. Fez uma conchinha com a palma da mão direita e num movimento rápido removeu de baixo para cima a grossa camada de alimentos em seu peito. Tinha de tudo, bacon, ovo, ervilha, mostarda, carne moída, molho, catupiry, mas ele não tinha aonde jogar. Se levantasse, iria chamar atenção dos funcionários. Com sua inteligência limitada resolveu guardar tudo no bolso de seu jeans surrado, o mesmo que mantinha a barra suja de barro, “recordação” da casa lá de Minas.

Umas seis conchas foram necessárias para o pobre Joãozinho sentir a pasta em sua perna. “Avi Deus, tô tudu melecádu”.

Lembrou-se de quando conheceu o mar e fez aqueles buracos gigantes. Parecia que ia achar petróleo ficava com areia até dentro da orelha.

Esse é meu amigo Joãozinho. Exagerado.

Fez um malabarismo digno de Soleil e conseguiu sugar 150ml de coca cola num baita canudão que estava fincado na lata, posicionada estrategicamente ao seu lado direito.

A pasta em sua boca foi se esfarelando, possibilitando então a ingestão.

O molho, que devia estar dentro de sua boca estava espalhado por inteiro na sua face. Devia ter sido uma cena memorável. Segundo alguns, lembrava o Bozo.

Mas tudo foi contornado.. Na metade do longa metragem, os molhos em sua camisa já estavam quase solidificados. Seus braços, pareciam que tinham parido uma vaca. Com molho até o cotovelo, também secos.

Seus bolsos. Ah, seus bolsos. Vou deixar sua imaginação fazer esse trabalho. Assim como eu também imaginei quando ele me contou.

TETRIS!

Achei no http://www.estranhomasverdade.com/ uma definição perfeita. "Se minha vida fosse um Tetris...."



De Blog em Blog...

Navegando nos blogs alheios, vejo o Garoto-Nevermind com 17 anos. Caramba to velho mesmo. Lembro quando o vinil chegou nas Lojas Americanas.



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O tempo passa e enlouquece. A capa da edição 409 da revista Istoé Gente traz Preta Gil de top Less, ao estilo VIP. Eu mereço.



E a dúvida que atormenta Pedro Ivo? Na coluna dedicada a animais ele questiona o Fofão. Sim, o bom e velho "Patropi" com vestimentas do "Balão Mágico"...


Conclui seu texto com uma dúvida que me deixou pensativo.“Quem me convence de que o Fofão não é o homem-testículo vindo do espaço?”.


Éééé...

Por fim, o relato desesperado de Cris Dias: “Estou me cadastrando aqui no site da magazine luiza pra comprar um aspirador. Aí tem uma pergunta escrota: “Como você gosta de ser chamado(a):” - minha resposta: ‘mestre supremo do universo’.”

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Penso, logo Desisto

Estou começando a achar que o caminho para a felicidade está mesmo próximo ao “Segredo”. Aos que não viram, EM SUMA, trata-se de buscar os ideais, sonhos e curas através do pensamento positivo exercido pela mente. Claro que é mais complexo que isso, mas resumidamente devemos dar oportunidade para as vibrações positivas criarem caminhos para nossa felicidade. Uma via dupla das energias entre o que eu sou e o que eu quero.

Dito isso, recorro a um texto que escrevi em meados de 2000 onde justamente tento chegar numa conclusão semelhante. “Estou numa praia durante minhas férias, tomando água de coco à beira mar. Toca o celular e um parente me avisa que naquele minuto, um colega de meu trabalho sofreu um acidente e esta prestes a falecer. Esse choque, essa ‘tragédia’, me causa desconforto, uma sensação de pânico que, devido a não encontrar uma solução lógica para esse problema, e, não podendo eu próprio salvá-lo, entro em angústia e ansiedade. Meu corpo responde com arritmias cardíacas, alteração na pressão, etc. Como pode uma simples informação nos transformar? Um som ou ruído seria capaz de alterar nossas vidas para sempre. Não cabe ficar discutindo se devemos nos preparar ou não para eventuais notícias não agradáveis, que podem surgir a qualquer momento, mas sim, levar em conta que, se podemos nos alterar para o pânico, esse mesmo corpo pode nos devolver a paz e tranqüilidade.”

Pela conseqüência da discussão, chegaremos a conclusão que nosso corpo pode se curar. Criar autodefesas mentais, afinal, nem Einsten conseguiu usar boa parte de sua inteligência desenvolvida.

Outro exemplo: acordo numa madrugada com frio e vejo a janela aberta. Com o quarto todo escuro, a primeira idéia e fechar a janela. Mas, com um barulho, ou mesmo com o olho cerrado ainda não focalizado até pela sonolência, vejo uma mancha na parede. Será que uma aranha enorme entrou pela janela? E se tiver outra subindo o lençol?

O simples fato de “achar” ou de “pensar” na existência daquele aracnídeo fez com que eu me alterasse todo. Física e mentalmente fui transformado. Se eu não tivesse “pensado” na aranha, ou tivesse imaginado que era um quadro, não estaria alterado.

Nossa mente é capaz de nos deixar como reféns, dependentes de nossos medos. Cabe a nós ousarmos e treiná-la a receber boas vibrações.

Essa discussão é muito ampla e, por hoje, acho que está suficiente pensar nesse tópico.Vou sentar lá fora na chuva para deixar cair alguma idéia da natureza naturalmente.